A liderança sempre esteve em contínua transformação para atender a evolução da sociedade e dos negócios. À medida que os Millennials se tornam a maioria da força de trabalho e a Geração Z continua a entrar, o modus operandi dos jovens trabalhadores tornou-se menos focado em pagar dívidas e mais em priorizar uma abordagem holística para o trabalho.
Atualmente, os colaboradores requerem um olhar completamente diferente quanto à cultura do ambiente de trabalho, buscando equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e líderes que demonstrem humanidade, tudo isso dentro de uma estrutura horizontal e, essencialmente, “legal”.
Acredito muito que isso seja possível. Talvez por ser um Millennial e por trabalhar em uma empresa que desde 2010 propõe, além do trabalho remoto, a colaboração, a humanidade, a integridade e o protagonismo como valores fundamentais.
Entretanto, não podemos confundir esses desejos das gerações e nossos valores primordiais com a formação de líderes que mais se assemelham com “pais legais” e times que se estruturam como “famílias”.
Muitos líderes acabam agindo como políticos, buscando arrecadar votos de seus colaboradores, geralmente tentando dar ouvidos ao maior número possível de questões e buscando opinião sobre tudo — e sempre com muita empatia. Os resultados deste comportamento são:
Colaboradores frustrados e imaturos;
Times ineficientes;
Entregas ruins.
Me lembro de um post recente do DDH, que tinha como título: “A high bar is high respect”:
“É tentador pensar que você está fazendo um favor a alguém novo, inicialmente mantendo-o em padrões mais baixos de trabalho, esforço ou tomada de decisão.”
Times eficientes não são necessariamente times formados por seniores em sua totalidade, mas times que possuem líderes que:
Apresentam as lacunas que carecem de evolução;
Mantém “barra alta”;
Atuam diretamente na evolução dos colaboradores.
Isso não contrapõe a empatia esperada pelos colaboradores. Na verdade, é o contrário: a ideia é apresentar horizontes desconhecidos e colaborar significativamente na evolução profissional dos colaboradores.
Referências: