#57: 🙄 Nas derrotas todos olham para você
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Para aqueles que me acompanham, é notório meu fascÃnio por esportes, um tema recorrente em nossas conversas anteriores. O futebol, em particular, ostenta uma caracterÃstica fascinante: em menos de 90 minutos, muitas vezes em bem menos tempo, carreiras podem ser transformadas, reputações forjadas ou desfeitas. Esse poder de mudança imediata, onde um único momento pode redefinir o destino de um jogador ou de uma equipe, captura a essência do que torna o futebol tão emocionante e, ao mesmo tempo, tão implacável.
A história do futebol está repleta de tais momentos crÃticos. Mesmo aqueles entre vocês que talvez não sejam aficionados pelo esporte certamente se lembrarão do infame "Gol que Barbosa levou", ou melhor, do gol de Ghiggia contra o Brasil no Maracanã em 16 de julho de 1950. Foi no minuto 79 daquela partida que o Uruguai calou uma multidão de quase 200 mil pessoas, adiando o sonho brasileiro do primeiro tÃtulo mundial e conquistando seu segundo. Esse evento, eternizado como o Maracanaço, não apenas alterou o curso da história do futebol brasileiro, mas também deixou uma marca indelével na identidade nacional.
E como não mencionar o mais recente eco dessa narrativa, o 7x1 contra a Alemanha na Copa do Mundo de 2014? Conhecido como o Mineiraço, esse desastre não apenas humilhou uma geração de jogadores brasileiros, mas também reviveu as dores de um passado não tão distante, demonstrando mais uma vez como um único jogo, mais precisamente 8 minutos, pode redefinir legados.
A decisão da Copa Libertadores de 2021 entre Palmeiras e Flamengo nos oferece outro exemplo palpável. O jogo, que estava empatado em 1 a 1, se arrastou para a prorrogação. Andreas Pereira, recebendo um passe de David Luiz e visivelmente exausto após os 90 minutos de uma disputa acirrada, falhou em completar um passe crucial quatro minutos dentro da prorrogação, um erro que custou o tÃtulo e sua continuação no clube.
Esses momentos de falha, embora dramáticos, são contrabalançados pelas vitórias que podem elevar os espÃritos com igual intensidade. Diante disso, quero abordar três pontos essenciais sobre como as derrotas e falhas — embora marcantes — não devem determinar o futuro de nossa organização.
💡 Não se satisfaça com respostas simples
Atribuir a derrota do Brasil em 1950 unicamente ao goleiro Barbosa foi uma forma simplista de explicar um evento complexo, gerando uma narrativa que durou décadas. Semelhantemente, culpar um único jogador pelo 7x1 em 2014 ignora o conjunto de fatores que levaram ao resultado. Da mesma forma, em nossas organizações, é crucial não simplificar demais as causas de um fracasso. Olhar além do óbvio para entender completamente um problema é essencial para aprender com ele e evitar repetições no futuro.
👉 Foco na aprendizagem e no crescimento
Assim como no futebol, onde as derrotas são analisadas para melhorar o desempenho futuro, as falhas em nossa organização devem ser vistas como oportunidades para crescimento. Encorajar uma cultura que valoriza a reflexão e o aprendizado de cada erro garante que a equipe saia fortalecida e mais preparada para desafios futuros.
🤌 Resiliência e recuperação
A capacidade de se recuperar de derrotas é o que nos define, tanto no esporte quanto nos negócios. Ensinar e praticar a resiliência dentro de nossas equipes não apenas nos prepara melhor para futuras adversidades, mas também nos inspira a alcançar maiores alturas.
As histórias do futebol, repletas de altos e baixos, ensinam lições valiosas sobre liderança e gestão de equipes. Em momentos de falha, é crucial manter uma perspectiva ampla, focar no aprendizado e na recuperação, e, acima de tudo, reforçar os valores e a cultura que definem nossa organização.
🚀 Quero ajudar o autor!
Analise uma situação recente em que sua equipe enfrentou um desafio. Como vocês responderam? Há lições a serem aprendidas que podem ser aplicadas no futuro? Compartilhe suas descobertas ou encaminhe esta edição a colegas que possam se beneficiar desta reflexão.
Até a próxima quarta-feira.
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